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Beleza que vai além dos padrões: Vinicius de Moraes que me desculpe, mas ser feliz, seja como for, é

  • Lisberg
  • 18 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

"As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental"(Vinicius de Moraes)

Essa frase sempre me incomodou. Nunca achei ela justa. Não sei se pelo fato de ela ser direcionada especificamente para as mulheres, ou porque eu sempre soube que beleza é algo muito relativo.

O que é beleza pra você? Como você pode definir o feio e o belo?

Quando falamos em beleza, logo pensamos no corpo "perfeito", no cabelo "perfeito", e absurdamente na cor "perfeita" (Sim, porque por muitos anos tentaram colocar na nossa cabeça uma cor ideal e ainda tentam).

Mas será que beleza se resume apenas nos valores estéticos?

Aposto que você já ouviu uma frase que contrapõem a do Vinicius de Moraes

"A beleza interior é a que realmente importa"

Daí você tenta se conformar com esta frase, porém é a frase citada no começo do artigo que tem mais efeito sobre você. Mas você sabe la no fundo, bem no fundo das suas entranhas que o estético e os padrões não são fundamentais, mas ainda assim, insiste em tentar se encaixar em todos eles, mesmo se sentindo infeliz.

É complicado.

Às vezes tudo o que precisamos para mudar o nosso ponto de vista é olhar por outro angulo, e que tal praticar isso?

Acho interessante utilizar uma tática que a minha professora de história da moda me ensinou, quando pela milésima vez vi o quadro da Mona Lisa. Ela disse:

- Não quero que vocês (alunos) vejam esse quadro como das outras vezes. Quero que vocês esqueçam tudo o que já sabem sobre ele e tentem enxerga-lo pela primeira vez. Veja com os seus olhos, e não com os olhos de quem o mostrou para vocês.

Por um breve instante eu achei impossível ver pela primeira vez algo que eu já tinha visto, mas achei a ideia interessante e coloquei em pratica a sugestão da professora. Fechei os olhos, "apaguei" da minha mente aquela Mona Lisa glamourizada e supervalorizada, e quando os abri, um arrepio subiu pelo meu corpo e finalmente compreendi o que a professora queria nos dizer.

Ao olhar para o quadro mais famoso do mundo, percebi uma mulher comum, pois é, uma mulher comum, sem uma beleza extraordinária ou traços harmoniosos, apenas uma mulher como eu e você. Lógico que a minha percepção não tira o valor do quadro e a importância dele na história da arte.

Mas o que eu quero dizer com isso? Como fui parar no renascimento para falar de beleza?

Mona Lisa de Leonardo Da Vinci

O que eu quero dizer, é que somos influenciados de tantas formas sobre o que é belo e o que é feio, que não analisamos profundamente essas características. Apenas vemos o que nos dizem para ver. A mona Lisa é um exemplo disso. A frase do Vinicius de Moraes é um exemplo disso. Achar que beleza é fundamental baseado na beleza padrão, e que as "feias" precisam dessa beleza para serem aceitas, é um tanto quanto medíocre.

A beleza pode ser descrita de muitas formas: Para uns ela representa a proximidade com um ser divino. Para outros ela é apenas a estética perfeita.

No fim das contas, o que importa realmente é se você é capaz de enxergar a beleza com os seus olhos, ou com os olhos de quem disse para você o que é belo.

Afinal, o essencial é invisível aos olhos (Antoine de Saint-Exupéry).

 
 
 

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